Diagnóstico FNQ: como funciona?

7 minutos para ler

Antes de podermos projetar uma organização mais eficaz, precisamos entender a atual. Nesse sentido, é essencial compreender como funciona cada processo interno e identificar as causas de possíveis problemas.

Em outras palavras, temos de criar um “diagnóstico” da organização. Essa é uma parte crítica de qualquer esforço de re-design. No entanto, é frequentemente subestimada.

Um diagnóstico é cabível tanto nos bons como nos maus momentos de uma empresa. Trata-se de um instrumento indispensável de gestão, uma técnica gerencial de primeira ordem, mesmo que a empresa apresente resultados satisfatórios.

O diagnóstico empresarial da FNQ é um instrumento completo para a identificação do que está indo bem e do que pode ser otimizado em uma gestão. Quer conhecer um pouco mais sobre essa avaliação? Acompanhe este artigo!

Diagnóstico FNQ: identificando a maturidade da gestão

Basicamente, o diagnóstico FNQ trabalha para identificar a maturidade da gestão na empresa e é baseado no Modelo de Excelência da Gestão® (MEG). Portanto, toda organização que passa pelo diagnóstico recebe uma nota de avaliação, que indica o seu nível de maturidade.

Vale ressaltar que o MEG é criado a partir de uma série de Fundamentos da Excelência, como a orientação para processos, o pensamento sistêmico, a liderança transformadora. Então, ele cobre toda a área da gestão nesses pilares, em uma verdadeira visão sistêmica da empresa.

Uma organização é madura quando consegue atingir uma boa pontuação em todos os Fundamentos. Ou seja, o ideal é que a empresa se destaque não apenas em um aspecto.

Por exemplo, se a organização tem excelente pontuação em relação à liderança, mas não é orientada por processos, existem pontos a serem melhorados para que ela tenha boa avaliação e pontuação considerando a organização como um todo. Precisa haver uma harmonia, considerando todos os aspectos da empresa.

Para entender melhor o funcionamento do diagnóstico, vamos fazer uma analogia. Se eu tenho febre, ela é um sintoma, mas é necessário examinar o corpo inteiro para descobrir a causa desse aumento da temperatura corporal. A investigação dessas causas não pode ser feita isoladamente, já que esse sintoma pode esconder problemas maiores.

Trazendo isso para o contexto empresarial, quando uma organização identifica um ponto de falha na performance, é preciso fazer uma análise ampla dos processos para entender por que o resultado está ruim. É fundamental compreender qual processo está causando esse mau desempenho.

Ou seja, é preciso analisar amplamente a organização e tentar identificar quais processos podem ser otimizados, mapear todas as alternativas que podem ser a causa de um desempenho fraco e apontar os caminhos para a melhoria da gestão como um todo.

Por esse motivo, o diagnóstico FNQ atualmente é modular. Ele vai sendo absorvido pela organização à medida em que as partes são necessárias. Em outras palavras, ele é feito gradualmente, analisando os aspectos, ponto a ponto, e definindo quais são realmente as abordagens necessárias para, a partir daí, sugerirem melhorias.

Existem dois caminhos para que uma empresa tenha acesso ao diagnóstico FNQ: participando do reconhecimento Melhores em Gestão® ou por meio da contratação direta da ferramenta, que tem o acompanhamento de um especialista da Fundação durante todo o processo.

Melhores em Gestão®: reconhecendo a excelência

O PNQ – Prêmio Nacional da Qualidade® – existiu desde o início da FNQ, em 1991, e teve uma trajetória de 25 anos, com mais de 1.000 empresas avaliadas e reconhecidas ao longo desse tempo.

Porém, em 2016, a FNQ sentiu a necessidade de apresentar para a sociedade uma forma mais abrangente e inclusiva do prêmio, pois o PNQ, com todo o seu sucesso, tornou-se um prêmio muito complexo para certas organizações, principalmente as de menor porte, visto que havia muitas barreiras para a participação, a começar pelo próprio custo.

Então, foi feita uma remodelagem, a partir da revisão do MEG, que hoje chamamos de MEG 21, o qual ficou mais simples e ágil sem, contudo, perder a robustez. Em outras palavras, houve uma transformação do processo de estrutura do reconhecimento.

Em um âmbito geral, ele tornou-se 80% mais acessível, tanto é que, nos ciclos de 2017 e de 2018, a participação de empresas dos mais diversos segmentos, que nunca antes tinham entrado na avaliação, cresceu consideravelmente.

Essa foi uma forma que a FNQ encontrou de tornar o reconhecimento mais inclusivo para organizações diferentes e de outros portes. Isso foi o que norteou a alteração do conceito do PNQ. Podemos dizer que a característica mais marcante do Melhores em Gestão® é a existência de um trabalho de voluntariado. Por conta disso, ele torna-se mais acessível para as empresas.

Além disso, após o diagnóstico – que norteia todo o reconhecimento, se a organização atingir a pontuação mínima dentro do ciclo, ela passará a integrar a lista das empresas melhores em gestão do País. Com isso, em uma cerimônia, a organização tem a oportunidade de expor a sua marca e torná-la mais conhecida.

O processo de avaliação

A FNQ conta com um corpo de especialistas certificados pela própria Fundação, com experiência comprovada no conhecimento e na aplicação do MEG, que atua no Melhores em Gestão®.

Esses especialistas vão se qualificando ao longo do tempo, galgando posições superiores. A FNQ acompanha de perto a atuação desses profissionais. Por esse motivo, sabe quais são os segmentos de negócio com os quais eles estão mais acostumados, o que facilita a indicação do especialista certo para avaliar cada tipo de empresa.

Esse é o patrimônio muito peculiar e valioso da FNQ, porque se trata de um grupo de pessoas com uma expertise de longa data, que sempre se aprimora e se atualiza em relação ao Modelo de Excelência da Gestão®.

Por exemplo, o MEG 21 tem esse nome porque já foi atualizado 21 vezes, em 26 anos de existência da FNQ. Nenhuma outra instituição no mundo, nem mesmo os precursores americanos, atualizaram tantas vezes esse modelo como o Brasil, que é reconhecido mundialmente como um dos países que trouxeram mais modernidade ao MEG.

Mentoria: um processo contínuo

O trabalho da FNQ não se resume ao diagnóstico, porque ela pode seguir ajudando as organizações com outros produtos e serviços, incluídos em um programa de mentoria. Uma vez que a organização tem um diagnóstico dos pontos nos quais ela pode avançar, a mentoria pode potencializar os resultados.

Vamos pensar no seguinte cenário: uma organização foi diagnosticada e constatou-se uma deficiência no mapeamento de riscos. Ou seja, ela tem dificuldades em fazer uma boa gestão nessa área. Para atuar diretamente nesse problema, a FNQ tem um especialista em gerenciamento de riscos, qualificado para ajudar a organização a implantar um sistema de monitoramento e tratamento de riscos.

Nesse caso, a mentoria é uma ajuda na implementação para cobrir uma deficiência que foi apontada. É um processo de coaching e de implementação de medidas corretivas. Ou seja, ela pode ser considerada uma continuidade específica do diagnóstico.

Como você pôde ver, o diagnóstico FNQ é um processo abrangente, que visa a identificar os pontos fortes da sua empresa e aqueles que precisam ser melhorados. Além disso, ele vem acompanhado de uma metodologia de mentoria, de modo que os aperfeiçoamentos sejam implantados da melhor maneira possível, com acompanhamento especializado.

Que tal avaliar a maturidade da gestão da sua organização e identificar possíveis melhorias? Entre em contato com a FNQ e inicie o processo de diagnóstico da sua organização!

*Colaboração de Marcos Bardagi

Posts relacionados