Gestão de ativos: entenda o que é e como impacta as indústrias

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A gestão de ativos industriais é hoje adotada por um número crescente de indústrias em todo o mundo para fazer frente aos novos desafios da economia globalizada. Isso permite que uma organização otimize seu desempenho técnico e econômico, acelerando o processo e o período de retorno e criando um alto valor agregado para os negócios.

Mas você sabe o que é a gestão de ativos e como ela funciona especificamente para as indústrias? Acompanhe a seguir!

O conceito de gestão de ativos

A gestão de ativos envolve o balanceamento de custos, oportunidades e riscos contra o desempenho desejado dos ativos para atingir os objetivos de uma organização.

Ela também permite que uma organização examine a necessidade e o desempenho de sistemas de ativos em diferentes níveis. Além disso, possibilita a aplicação de abordagens analíticas para a gestão de um ativo ao longo das diferentes fases do seu ciclo de vida – que pode começar com a concepção da necessidade do ativo, até o seu descarte, e inclui o gerenciamento de eventuais obrigações pós-alienação.

Em outras palavras, a gestão de ativos é a ciência de tomar as decisões certas e otimizar a entrega de valor. Um objetivo comum é minimizar todo o custo de vida dos ativos, mas pode haver outros fatores críticos, como risco ou continuidade de negócios a serem considerados objetivamente nessa tomada de decisão.

A gestão de ativos é baseada nas metodologias mais contemporâneas nos campos da gestão industrial, engenharia de serviços e cálculo de probabilidades, entre as quais:

  • Gestão Baseada em Risco;
  • Avaliação da inter-relação custos de produção/riscos;
  • Gestão de incerteza;
  • Custeio do Ciclo de Vida;
  • Manutenção de Produtividade Total;
  • Confiabilidade Operacional;
  • Manutenção Centrada em Confiabilidade.

A gestão de ativos na indústria

A gestão de ativos na indústria lida com ferramentas de produção, integrando:

  • o custo de todo o ciclo de vida do equipamento. Isso começa nos estágios iniciais de pesquisa e desenvolvimento, projeto, depois nas etapas de compra, construção e instalação, antes de chegar à fase de operação e gerenciamento e, finalmente, de desmontagem de equipamentos;
  • a gestão integrada dos aspectos plurais do funcionamento industrial (compras e provisões de peças substitutas, políticas de gestão preventiva e corretiva, modificações ou substituições de equipamentos) visando a uma otimização global de custos;
  • o controle total da inter-relação entre os custos e os riscos envolvidos nessas operações;
  • a prática da gestão industrial com domínio econômico combinada com o domínio técnico.

Como ela é aplicada?

A aplicação da gestão de ativos industriais é baseada em cálculos de simulação do desempenho técnico e econômico em diversas problemáticas e cenários operacionais.

No caso da compra de um equipamento, por exemplo, um número de opções é avaliado, pois é possível simular os custos anuais de serviço e operação e, então, decidir qual dessas opções é mais adequada aos objetivos corporativos.

As problemáticas ligadas às políticas de manutenção preventiva, com o dimensionamento de peças substitutas, com as modificações e atualizações de equipamentos ou a substituição de equipamentos em declínio, entre outros tópicos, podem ser simuladas e analisadas minuciosamente.

Por meio do uso de ferramentas e cálculos de simulação, a gestão de ativos industriais permite a tomada de decisões técnicas coerentes com os objetivos econômicos da indústria, bem como decisões econômicas que preservam o desempenho técnico do equipamento. Assim, garante uma maior rentabilidade e disponibilidade do equipamento ao longo de todo o seu ciclo de vida.

A aplicação dos conceitos de gestão de ativos oferece aos atores industriais elementos objetivos de decisão sobre os seguintes problemas:

  • Como se pode garantir o acompanhamento dos materiais do equipamento ao longo de todo o seu ciclo de vida?
  • Quem é responsável pela gestão de equipamentos como um ativo (capital fixo)?
  • Como se pode escolher entre alternativas de investimento com critérios objetivos?
  • Como se pode otimizar as políticas de manutenção com critérios de confiabilidade e rentabilidade?
  • Como se pode decidir o momento mais oportuno para realizar grandes paradas de manutenção?
  • Até que ponto as recomendações do fabricante podem ser consideradas confiáveis?

Práticas para uma boa gestão de ativos

Gerenciar ativos fixos – as propriedades de longo prazo usadas na produção de renda – é um desafio que cresce exponencialmente à medida em que a empresa cresce. O gerenciamento de ativos é uma responsabilidade que exige as melhores ferramentas, sistemas e práticas para se manter no controle das coisas.

Se você foi encarregado de rastrear ativos fixos, perceberá que precisa ser excepcionalmente consciente e dedicado, já que qualquer desafio no rastreamento de ativos fixos poderia levar a perdas financeiras significativas para sua empresa e aumentar a carga administrativa de sua parte. Você também pode levar a empresa a problemas fiscais e legais se não for cuidadoso.

Por isso, conheça algumas boas práticas!

Use sempre as melhores ferramentas para o trabalho

O software que você usa faz uma grande diferença na precisão de seu gerenciamento de ativos e no tempo que você leva para gerenciar. Usar sistemas de rastreamento de ativos mais antigos ou legados só desperdiça seu tempo, sendo mais difícil manter registros precisos de ativos. Usando as melhores ferramentas você economiza tempo e dinheiro.

Garanta o seguimento preciso de depreciação

Sem um rastreamento preciso da depreciação de ativos, sua empresa pagará muito pelos impostos, pelo seguro e pela manutenção de ativos. Idealmente, seu software de gerenciamento de ativos deve garantir um cálculo preciso da depreciação, desde que suas informações de compra sejam precisas.

Faça um rastreamento inteligente

Estabelecer uma linha de base sólida e precisa é essencial. Se você começar com números defeituosos, seus números sempre estarão com defeito. Nunca confie em um sistema antigo. Volte para o inventário físico de seus itens para garantir que todos tenham sido catalogados e de maneira correta.

Parte disso envolve a remoção de ativos “fantasmas”. Esses ativos não são mais propriedade da empresa, mas ainda existem nos livros mesmo tendo sido quebrados, roubados ou até vendidos, mas não devidamente registrados. Isso geralmente acontece devido ao rastreamento inadequado, porque o sistema não é preciso ou porque os procedimentos não são suficientemente diligentes.

Agilize o software e o hardware

Ao gerenciar seus ativos, você precisa ter o hardware e o software corretos e também garantir que os dois estejam bem integrados. Eles devem funcionar em conjunto, sem problemas de compatibilidade. Seu hardware é tão importante quanto o componente de software em seu sistema de gerenciamento de ativos. Você deve ser capaz de digitalizar itens com precisão. Isso permite melhorar seu acompanhamento geral.

Personalize o relatório de ativos fixos

Com muita frequência, as empresas contam com relatórios genéricos e padronizados para seus relatórios de ativos fixos. Sua programação de ativos fixos deve ser adaptada tanto ao setor quanto à empresa; caso contrário, pode ser muito difícil obter informações relevantes.

Com a ajuda do conhecimento de ativos, você pode aumentar as atividades planejadas e reduzir as atividades reativas. Você pode, inclusive, estender a vida útil do ativo, mitigar os riscos de impacto nas partes interessadas e nos usuários e reduzir a frequência de renovação e substituição.

A gestão de ativos estabelece a base para a medição de desempenho, permite o monitoramento, promove o controle e a tomada de decisões baseada em valor para impulsionar o sucesso.

Agora que você está preparado para realizar a gestão de ativos na sua organização, continue aprendendo e leia nosso artigo sobre a aplicação da gestão à vista!

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